Medo de Ladrão


 Medo de ladrão  

 

 

 

A partir dos 6 anos,a criança já consegue separar melhor o que é real do que é imaginário.O Bicho-Papão e seres afins perdem a vez para o medo de ladrão,de sequestro,de bala perdida ou mesmo de ataques terroristas e homens-bomba.
  Seja via televisão,internet ou mesmo na escola durante a conversa com os amigos,esses temas chegam ao conhecimento da criançada.Isso sem falar daquelas que vivenciam essas situações no papel de vítimas ou em razão de parentesco ou amizade.
  Mais uma vez,geralmente é o comportamento dos pais que desperta esse temor.Dizer ao seu filho,durante uma ida ao shopping ou a um evento qualquer,por exemplo,"não saia do meu lado porque existem pessoas más que podem querer levar voçê de mim",pode garantir que a criança fique por perto,em segurança,mas,por outro lado,pode chamar a atenção dela para a questão do sequestro.
  Lidar com esses medos pode ser um problema,pois não há como garantir ao pequeno que ele está livre desse mal.
  Além disso,esses traumas são compartilhados por crianças e adultos,não se restringindo à infância.São situações que fazem parte do dia-a-dia de todos,de forma mais ou menos intensa.O modo como a criança vai tratar disso depende muito de como os adultos vão lidar com ela.
  As crianças de hoje,muitas vezes,frequentam escolas cercadas por grades e com seguranças no portão.Nas casas,nos prédios residenciais e nos condomínios,não é diferente,pois a preocupação com a segurança é uma constante.
  Quando o tema é violência,as dúvidas se multiplicam.Como dosar as informações que chegam as crianças de modo a não aliená-las da realidade,mas evitando que se preocupem demais com isso?Como conciliar liberdade para ela explorar novos ambientes com segurança?É válido controlar os programas de televisão aos quais as crianças assistem,os sites que acessam na internet,os livros que lêem?Será que isso é possível?
   Não há resposta pronta.Cada criança tem a sua história.Conhecer e entendê-la são atos fundamentais para definir a melhor abordagem do problema.Mais uma vez vale a regra geral de que nunca devemos mentir para a criança.Não é preciso despejar sobre ela todo o noticiário do dia,com detalhes desnecessários,mas não se pode negar que a violência existe.Afirmar que voçê está ali,para protegê-la nunca é demais.